quarta-feira, 1 de setembro de 2010


Coração Alado foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida entre 11 de agosto de 1980 e 14 de março de 1981.
Escrita por
Janete Clair e dirigida por Roberto Talma e Paulo Ubiratan, foi apresentada em 185 capítulos.Trama
Juca Pitanga (
Tarcísio Meira) é um artista plástico pernambucano, que deixa sua terra natal e vem para o Rio de Janeiro em busca de maior visibilidade para sua carreira. No Rio, ele se envolve com Catucha (Débora Duarte), filha do respeitável marchand Alberto Karany (Walmor Chagas), e Vivian (Vera Fischer), uma mulher simples e sofrida. Apesar do amor que sente por Vivian, Juca se casa com Catucha, pensando que ela o ajudaria a crescer profissionalmente. Porém, o artista termina seu relacionamento com Catucha para acompanhar o exílio, no México, do seu irmão Gabriel (Carlos Vereza), um perseguido político pela ditadura militar. Juca e Catucha se reencontram anos depois, com a decretação da lei da anista no Brasil.
Uma das tramas em destaque na história é a investigação da morte de Silvana Karany (Bárbara Fanzio), ex-mulher de Alberto e mãe de Catucha. Ela desaparece num misterioso acidente de carro. Os principais suspeitos são Alberto Karany e Juca Pitanga. A própria Catucha acusa Juca pelo assassinato de Silvana.
Na história, a personagem Maria-Faz-Favor (
Aracy Balabanian) conquistou a simpatia dos telespectadores. Maria era uma mulher batalhadora e trabalhava como trocadora de ônibus. Ela era apaixonada pelo mau-cárater barão Von Strauss (Jardel Filho). Ele era um massagista que sonhava em se tornar colunista social e tentava se dar bem em todas as situações. Von Strauss fingia ser um barão e enganava Maria-Faz-Favor, enquanto se envolvia com mulheres da alta sociedade.
Outro personagem em destaque na novela foi Leandro Serrano (
Ney Latorraca), um executivo, que roubou algumas obras de Juca Pitanga. Na tramas, Leandro violenta a personagem Vivian, protagonizando uma das cenas mais fortes da novela.
Janete Clair inseriu algumas novidades na narrativa. No início da trama, os personagens se apresetavam em off aos telespectadores ou faziam comentários uns sobre os outros. A autora tentava evitar, na trama, ações e diálogos longos para explicar as situações.
Janete Clair teve vários problemas com a censura e com a aceitação de algumas histórias pelo público. O personagem Alberto Karany Jr. (
Mário Cardoso) era diabético e precisava tomar insulina diariamente. A TV Globo recebeu centenas de reclamações dos telespectadores, muitos pais de crianças com diabete. O personagem passou, então, a dispensar a medicação. Porém, a Associação de Diabetes Juvenil realizou uma série de protestos, mostrando que a novela era uma oportunidade de informar a população sobre a doença. A autora decidiu voltar à história original do personagem no capítulo 101.
A novela foi a primeira a apresentar cenas de estupro e de masturbação, com a personagem Catucha, o que agravou ainda mais os problemas da autora com a censura e com o público.

Elenco
Tarcísio Meira - Juca (João Carlos) Pitanga
Vera Fischer - Vívian Moreira
Débora Duarte - Camila Karany (Catucha)
Walmor Chagas - Alberto Karany
Jardel Filho - Barão Von Strauss
Aracy Balabanian - Maria Faz Favor
Ney Latorraca - Leandro Serrano
Mário Cardoso - Alberto Karany Jr.
Joana Fomm - Melissa Moreira Serrano
Carlos Vereza - Gabriel Pitanga
Nívea Maria - Roberta Karany
Carlos Augusto Strazzer - Piero Camerino
Tarcísio Filho - Carlinhos
Myriam Rios - Alexandra Karany (Xandinha)
Bárbara Fazio - Silvana Karany
Tetê Medina - Crystal
Armando Bogus - Gamela
Simone Carvalho - Aldeneide Pitanga
Eva Todor - Hortência Alencar
Leonardo Villar - França
Maria Zilda Bethlem - Glorinha
Jonas Mello - Rômulo Pitanga
Yara Salles - Dalva Pitanga
Paulo Figueiredo - Anselmo Pitanga
Sônia Clara - Luciana Ravel
Roberto Faissal - Cacau Durães
Milton Moraes - Ângelo Salvat
Yolanda Cardoso - Nina
Lisa Vieira - Yeda
Marcelo Picchi - Cláudio
Rejane Marques - Bartira
Cissa Guimarães - Carla
Otávio Augusto - Fábio
Diogo Vilela - Gerson
Lajar Muzuris - Joel
Heloísa Helena - Luzia
Chica Xavier - Carmem
Fernando José - Ronaldo Torres
Sérgio Fonta - Helinho
Maria Helena Velasco - Elza
Monique Lafond - Danúbia
Tony Ferreira - Jaime
Jacyra Silva - Léa
Clementino Kelé - José
Oberdan Júnior - Marcelinho
Germano Filho - padre
Lafayette Galvão - delegado
Lícia Magna
Luís Orioni - Sandoval
Daniel Rezende - Eduardo
Dirceu Rabello - Sebastião
Dudu Machado - Osmar
Cidinha Milan - Teresa
Eliana Bastos Araújo - Brigite
Carlos Wilson - Mexicano
Izabella Bicalho - Márcia
Haylton Faria

Curiosidades sobre esta novela da Globo:
-Primeira telenovela começada após o fim da
Rede Tupi. A Rede Globo aproveitou o fim de sua principal concorrente na época para pegar seu espólio artístico, que era riquíssimo.
-Coração Alado apresentava uma das maiores discrepâncias em créditos de abertura até hoje: o nome de
Vera Fischer, protagonista da história, era grafado em oitavo lugar, enquanto o de Aracy Balabanian que, a despeito de seu desempenho estupendo, não poderia ser considerada protagonista, estava escrito juntamente com o de Tarcísio Meira.
A personagem Catucha seria vivida pela atriz
Maria Cláudia. A direção preferiu entregar para Débora Duarte. Maria Cláudia foi para Plumas e Paetês.
-Alexandra seria vivida pela atriz
Maitê Proença. Mas, devido a um acidente, a atriz, que já havia gravado algumas cenas, foi substituída por Myriam Rios. Maitê estrearia em novelas da emissora meses depois, como uma das protagonistas da telenovela As Três Marias.
-A cena de estupro, protagonizada por Leandro, personagem de
Ney Latorraca contra Vívian de Vera Fischer, foi considerada um escândalo para época. Matéria de vários jornais e revistas, demorou a ser engolida pelo inconsciente coletivo.
-A telenovela foi a primeira e única a mostrar uma cena de
masturbação, através da personagem Catucha. O episódio foi bastante polêmico, comprando briga com a censura. As fitas desse capítulo misteriosamente sumiram, nem há cópia do script do capítulo.
-O nome da telenovela vem da
canção escolhida para ser seu tema de abertura, Noturno, interpretada por Fagner. No refrão, a letra diz "Ah… Coração alado…". Por isso, foi descartado o nome inicial da trama: Vernissage.
-Foi a primeira telenovela de
Tarcísio Filho, Cissa Guimarães e Diogo Vilela.
-Essa telenovela teve, na
trilha sonora, a canção de Djavan Meu bem querer que, 17 anos depois, integraria a trilha sonora de outra telenovela, A Indomada (1997), e, no ano seguinte, seria o tema de abertura de Meu Bem Querer.
-A trilha sonora nacional foi remasterizada e lançada em CD em
2001, pela Som Livre.
Simone Carvalho fez de sua personagem Aldeneide, um grande sucesso. Tanto, que estampou a capa da revista Playboy, de novembro de 1980. Bem, como Monique Lafond, que estampou a capa da revista Playboy, de abril de 1981, graças à sua personagem, Danúbia.
Todas as obras de arte de Juca Pitanga eram de autoria do artista carioca
Holoassy Lins de Albuquerque, que foi contratado pela direção da novela para prestar também consultoria de costumes e orientar Tarcísio Meira nas cenas em que Juca Pitanga encenava a criação de obras de arte em seu atelier.

Irmãos Coragem foi uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo entre 8 de junho de 1970 e 12 de junho de 1971, às 20 horas. Foi escrita por Janete Clair e dirigida por Daniel Filho e Milton Gonçalves, e contou com 328 capítulos. Foi produzida em preto-e-branco.Sinopse
Em Coroado, uma vila do interior goiano, em meio à luta dos irmãos Coragem - João, Duda e Jerônimo -, a injustiça maior recai sobre o mais velho, João, que tem roubado seu diamante, achado no garimpo. Mas a história tinha outros focos de interesse: o sofrido amor entre Jerônimo e sua irmã de criação, a índia Potira; os dramas psicológicos de Maria de Lara, com três personalidades (Lara, de comportamento reprimido, Diana, de temperamento esfuziante, e Márcia, um paralelo entre as duas). Um caso de amor nasce entre João e Lara, tumultuado pelo distúrbio mental dela e por sua subserviência ao pai, o temido coronel Pedro Barros, senhor absoluto de Coroado e do seu irmão Ricardo.
Elenco
Tarcísio Meira - João Coragem
Claudio Marzo - Duda (Eduardo Coragem)
Claudio Cavalcanti - Jerônimo Coragem
Glória Menezes - Maria de Lara/Diana/Márcia
Regina Duarte - Ritinha (Rita de Cássia)
Zilka Salaberry - Sinhana
Gilberto Martinho - Coronel Pedro Barros
Glauce Rocha - Estela
Lúcia Alves - Potira
José Augusto Branco - Promotor público Rodrigo César
Emiliano Queiroz - Juca Cipó
Miriam Pires - Dalva
Carlos Eduardo Dolabella - Delegado Diogo Falcão
Neuza Amaral - Branca
Hemílcio Fróes - Lourenço/Bianchini
Myriam Pérsia - Paula
Leda Lúcia - Margarida
Milton Gonçalves - Braz Canoeiro
Suzana Faini - Cema
Maria Esmeralda - Jurema
Ênio Santos - Dr. Maciel
Ana Ariel - Domingas
Macedo Neto - Padre Bento
Renato Master - Dr. Rafael
Sônia Braga - Lídia
Paulo Araújo - Hernani
Dorinha Duval - Carmem Valéria
Francisco Dantas - Dr. Paulo
Dary Reis - Lázaro
Estelita Bell - Regina
Lourdinha Bittencourt - Manuela
Ivan Cândido - Delegado Gérson de Castro
Ângela Leal - Yolanda
Monah Delacy - Deolinda
Jacyra Silva - Beatriz
Zeny Pereira - Virgínia
Francisco Milani - Promotor público
Moacyr Deriquém - Jarbas
Ivan de Almeida - Antônio
Isaac Bardavid - Dr. Humberto
Yara Amaral - Tula
Felipe Wagner - Siqueira
Antonio Victor - Sebastião Coragem
Sônia Clara - Glória
Clementino Kelé - Jesuíno
Navarro de Andrade - homem do grupo de João Coragem
Irmãos Coragem é tida como a primeira novela que os homens assumiram que assistiam. Uma união de faroeste, futebol (com o país embalado pela Copa do México) e romance que resultou numa das mais importantes produções da Rede Globo e da TV brasileira.
Nessa versão, dos atores que faziam os irmãos, dois tinham o nome de Cláudio: Marzo (Duda) e Cavalcanti (Jerônimo). No remake de 1995, eram dois Marcos: Palmeira (João) e Winter (Duda).
Cláudio Marzo e Regina Duarte tiveram o desfecho de seu casal, Duda e Ritinha, antecipado para que pudessem sair da novela e começar as gravações de Minha Doce Namorada, que foi ar às 19h.
A cidade cenográfica que representava a fictícia Coroado foi construída no local onde hoje se localiza o Barra Shopping, no Rio de Janeiro.
Irmãos Coragem teve uma longa sobrevida após seu término: foi lançada em forma de folhetim, em fascículos, nas bancas de jornal. Virou radionovela, transmitida pela Rádio Federal. Teve uma versão mexicana, Los Hermanos Coraje (em 1972), e uma versão argentina, Mi Nombre Es Coraje (em 1988). E voltou às bancas de jornal num fascículo único.
Irmãos Coragem foi reapresentada em três ocasiões pela emissora: em 1980, num compacto que integrou o Festival 15 Anos; no mesmo ano voltaria a ser reapresentada, dentro do TV Mulher, pelas manhãs; e em 1990, no Festival 25 Anos, compactada em 20 capítulos.
Diferentemente do que é citado por algumas fontes, essa não foi a estréia da atriz Sônia Braga na televisão. Ela já tinha aparecido na série As aventuras de Eduardinho e na novela A menina do veleiro azul da TV Excelsior.
É a segunda telenovela mais longa produzida pela Rede Globo até hoje, com 328 capítulos. O primeiro lugar é de A Grande Mentira, exibida um ano antes.
O tema musical usado como vinheta da telenovela foi trilha sonora do filme O dia da ira (Giorni dell'ira, I - 1967), Western Spaghetti estrelado por Giuliano Gemma e Lee Van Cleef.
A abertura de Irmãos Coragem que a Rede Globo disponibiliza em seu site Memória Globo, composta por desenhos e com quase um minuto de duração, não é a mesma de 1970; a abertura original durava aproximadamente dois minutos, e apresentava cenas dos irmãos andando a cavalo.
A novela teve um remake em 1995, atualizado por Dias Gomes, Marcílio Moraes e Margareth Boury, fazendo parte das comemorações dos 30 anos da Rede Globo, com Marcos Palmeira, Marcos Winter e Ilya São Paulo vivendo os irmãos do título. Mas dessa vez não houve sucesso.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Sol de Verão foi uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo entre 11 de outubro de 1982 e 19 de março de 1983. Foi escrita por Manoel Carlos e dirigida por Roberto Talma, Jorge Fernando e Guel Arraes e contou com 137 capítulos.
Infelizmente, a novela terminou antes do previsto por causa da morte do ator
Jardel Filho, protagonista e grande amigo do autor Manoel Carlos. O autor revelou em entrevistas que Sol de Verão é uma das novelas preferidas dele. Curiosamente, uma das poucas onde o nome "Helena", característica comum em suas novelas, não aparece.

Sinopse
A telenovela relata o
dilema de Rachel, uma mulher que acaba de sair de um casamento infeliz com Virgílio. Rumo ao Rio de Janeiro, ao lado da mãe e da filha, ela acaba por se envolver com Heitor, um mecânico boêmio e bonachão que nunca havia vivido um compromisso sério. Paralelo a isso, está o surdo-mudo Abel, que, em busca de sua mãe, emprega-se na oficina de Heitor.

Elenco
Em ordem de abertura
Tony Ramos - Abel
Irene Ravache - Rachel
Paulo Figueiredo - Horácio
Beatriz Segall - Laura
Cecil Thiré - Virgílio
Isabel Ribeiro - Flora
Mário Gomes - Miguel
Débora Bloch - Clara
Yara Amaral - Sofia
Carlos Kroeber - Hilário
Carla Camurati - Olívia
Helber Rangel - Germano
Beatriz Lyra - Irene
Tânia Scher - Lola
Miguel Falabella - Romeu
Camila Amado - Noêmia
Ísis de Oliveira - Beatriz
Márcia Rodrigues - Geni
Edson Silva - Gaspar
Maria Helena Pader - Irmã Luzia
Duse Nacaratti - Madalena
Thereza Mascarenhas - Zezé
Maria Alves - Matilde
As crianças
Oberdan Junior - Rogério
Monique Curi - Glorinha
Participação especial
Gianfrancesco Guarnieri - Caetano
Ator convidado
Nelson Xavier - Zito
Jardel Filho como Heitor
E ainda
Ivan Mesquita - Gilberto
Mônica Torres - Mônica
Gésio Amadeu - Pedrinho
Alcione Mazzeo

Exibida entre 11 de outubro de 1982 e 19 de março de 1983 em 137 capítulos.
Sol de Verão tinha uma abertura colorida, carioca e bronzeada, como sugeria o nome da novela, ao som da música Tô que Tô de
Simone.
As trilhas nacional e internacional eram excelentes com grandes hits dos anos 80 como Você não Soube me Amar com
Blitz, Tempos Modernos de Lulu Santos, Coisas de Casal do grupo Rádio Táxi, Baby I Need Your Lovin' de Carl Carlton, Save a Prayer de Duran Duran e Hard to Say I'm Sorry do grupo Chicago, além das dançantes I Don't Wanna Dance de Eddy Grant e Situation de Yazoo.
Os créditos da abertura exibiam erradamente Miguel Falabela como Miguel FAIABELLA, e apresentava o nome do protagonista, Jardel Filho, nos momentos finais onde-se lia: como Heitor Jardel Filho. Os primeiros nomes da abertura eram de Irene Ravache e Tony Ramos.
Primeira novela de
Miguel Falabella e primeira novela de Irene Ravache na Globo.
A química entre
Jardel Filho e Irene Ravache foi perfeita, o que garantiu mais audiência à novela.
Sensível trabalho de
Tony Ramos como Abel, o surdo-mudo.
Destaque também para a cenografia da novela que construiu em alvenaria, em plena cidade do
Rio de Janeiro, todos os ambientes necessários às gravações das cenas externas. A produção construiu no bairro do Flamengo o conjunto composto pelo sobrado de Heitor Jardel Filho, o prédio onde mora Rachel Irene Ravache e um terreno baldio.
Belo trabalho também da atriz
Isabel Ribeiro.
A personagem Beatriz, inicialmente, foi destinada à atriz
Maitê Proença. Com a recusa da atriz, Beatriz, que teria um romance com Abel, teve seu importância reduzida e ficou com Isis de Oliveira. Coube à personagem Olívia, interpretada por Carla Camurati, a outra comissária da dupla feminina, formar o triângulo amoroso com Abel e Clara. Carla teve sua personagem mais valorizada.
A morte de
Jardel Filho, em 20 de fevereiro de 1983, um domingo, no meio da novela abalou a todos: autor, elenco e produção. O autor Manoel Carlos, amigo íntimo do ator não conseguiu mais escrever os capítulos e foi substituído por Lauro César Muniz e Gianfrancesco Guarnieri precipitando, assim, o término da novela. Antes, porém, a Globo cogitou tirar a novela do ar sem desfecho. Pesquisas feitas com o público mostraram que os telespectadores queriam que a história tivesse um fim. A morte de Jardel ocorreu próxima à produção do capítulo 120 da novela.
A conclusão da novela foi tumultuada. Os textos chegavam em cima da hora e as cenas eram gravadas pouco antes de serem exibidas.
Carla Camuratti fez de sua personagem Olívia, um grande sucesso. Tanto, que estampou a capa da revista Playboy, de julho de 1982. Bem, como Ísis de Oliveira, com sua personagem Beatriz, que estampou a capa, no aniversário de 8 anos da revista, em agosto de 1983.
Como Sol de Verão teve seu término antecipado, a
Globo não tinha a novela substituta pronta. Foi reapresentada então a novela O Casarão, em forma compacta, de 18 capítulos, entre 21 de março e 9 de abril de 1983.
Louco Amor, a substituta oficial, estrearia somente 3 semanas depois, em 11 de abril de 1983.

domingo, 18 de julho de 2010

Sassaricando é uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida no horário das 19 horas entre 9 de novembro de 1987 a 11 de junho de 1988, apresentada em 185 capítulos.Tendo como tema a participação das mulheres no mercado de trabalho, foi escrita por Sílvio de Abreu com direção de Cecil Thiré, Lucas Bueno e Miguel Falabella e direção geral de Cecil Thiré.

Curiosidades

Vale Tudo foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo, exibida de 16 de maio de 1988 a 6 de janeiro de 1989, no horário das 20h30 da emissora. Foi escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e dirigida por Dênis Carvalho e Ricardo Waddington, com direção geral do primeiro. Contou com 204 capítulos.

Teve Regina Duarte e Antônio Fagundes como protagonistas, e Beatriz Segall, Glória Pires e Carlos Alberto Riccelli como antagonistas da trama.

Repercussão:

*Na época, o bordão O sangue de Jesus tem poder falado por Raquel (Regina Duarte) virou marca da sua personagem.

*O maior destaque da trama foi Odete Roitman, interpretada pela atriz Beatriz Segall, considerada a maior vilã da história da teledramaturgia por mais vinte anos.

*Renata Sorrah interpretou uma das personagens mais populares de sua carreira: a alcoólatra Heleninha Roitman. O nome da personagem virou referência para quem bebia demais.

*Vale Tudo é marcada por várias cenas antológicas, como a cena do primeiro capítulo, em que Raquel, personagem de Regina Duarte descobre que a filha, Maria de Fátima, personagem de Glória Pires vendeu a casa e sumiu com o dinheiro; a cena do capítulo 14, no ar em 31 de maio de 1988 em que Fátima encontra Raquel, vendendo sanduíche na praia; a cena em que Raquel rasga o vestido de noiva de Fátima, quando ela se casa com Afonso, personagem de Cássio Gabus Mendes; a cena em que Fátima rola as escadarias do Teatro Municipal; o acerto de contas entre Fátima e a jornalista Solange, personagem de Lídia Brondi, quando esta descobre a traição do marido Afonso. Bem como o acerto de contas entre Fátima e Afonso, quando este descobre a traição de Fátima com o bon vivant César, personagem de Carlos Alberto Riccelli, além das cenas de barraco homéricas protagonizadas por Heleninha Roitman, personagem de Renata Sorrah. E as cenas finais do último capítulo, quando Leila, personagem de Cássia Kiss, revela ser a assassina de Odete Roitman, personagem de Beatriz Segall. E Marco Aurélio, personagem de Reginaldo Faria, deixando o país, dando uma banana para o Brasil.

*Em 2002, a Rede Globo regravou Vale Tudo em espanhol (com o nome Vale Todo) para ser exibida para o mercado hispânico dos Estados Unidos. A nova versão foi exibida no canal Telemundo, que foi parceira na produção. A versão hispânica da novela teve direção de Reinaldo Boury e adaptação de Yves Dumont. Diferentemente do que ocorreu no Brasil, o remake não obteve empatia com o público.

quarta-feira, 23 de junho de 2010


Fogo sobre Terra foi uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo entre 8 de maio de 1974 e 4 de janeiro de 1975, às 20 horas. Foi escrita por Janete Clair e dirigida por Walter Avancini, e contou com 209 capítulos. Foi produzida em preto-e-branco e teve supervisão de Daniel Filho.

Trama

No final dos anos 1950, dois irmãos separados na infância se reencontram na condição de rivais ao decidir o destino de uma cidade e disputar o amor da mesma mulher. Pedro (Juca de Oliveira) e Diogo (Jardel Filho), filhos de fazendeiros do Mato Grosso, foram separados aos três anos de idade após perderem os pais em um desastre de avião. Pedro foi criado pela tia Nara (Neuza Amaral), em Divineia – cidade fictícia – no sertão de Mato Grosso, enquanto Diogo foi levado para o Rio de Janeiro e criado pelo engenheiro Heitor Gonzaga (Jaime Barcelos), engenheiro e ex-amante de Nara.

No Rio, Diogo frequentou as melhores escolas e desenvolveu um temperamento prático que o levou a se formar em engenharia e a se transformar em um profissional muito bem-sucedido, contratado da empresa de Heitor Gonzaga, de quem adotou o sobrenome e a quem trata como pai. Foi casado e teve uma filha, mas carrega na consciência a culpa pela morte da ex-mulher, que cometeu suicídio logo após a separação.

Em Divineia, Pedro Azulão foi educado pelo beato Juliano (Ênio Santos) – ex-piloto do avião em que seus pais morreram – e aprendeu desde cedo a tomar conta dos negócios do pai, firmando-se como o boiadeiro dono da maioria das terras de sua região. Valente, de temperamento explosivo e respeitado como uma autoridade pelos moradores, ele demonstra o amor que tem pela cidade, batizada com o nome da sua mãe, vigiando com austeridade os forasteiros e viajantes que por acaso atravessam o seu território.

Representando essas duas realidades – a modernidade e a tradição, o urbano e o rural –, os dois irmãos se reencontram 30 anos mais tarde, quando a empresa de Heitor Gonzaga envia Diogo ao Mato Grosso para chefiar a construção de uma represa no local ocupado por Divineia. Situada às margens do Rio Jurapori, a cidade deveria ser inundada pelas águas do rio. Os seus habitantes seriam, então, realocados em outra cidade, a ser construída quilômetros adiante, onde poderiam usufruir dos benefícios da irrigação do solo proporcionados pela barragem. Pedro Azulão, entretanto, não quer pagar o preço de ver sua cidade desaparecer em prol de um progresso no qual não acredita e estimula a população a se insurgir contra a obra.

Enquanto tenta convencer Pedro de que está propondo o melhor para a cidade, Diogo conhece e se apaixona por Chica Martins (Dina Sfat), namorada de infância do irmão. A mulher, que passa a ser o objeto da disputa dos dois irmãos, cresceu sonhando em ser rica e morar na cidade grande e, por isso, odeia tudo o que a lembre da sua origem humilde. Ela odeia até o próprio nome, a ponto de dizer que se chama “Débora” ao ser apresentada a desconhecidos. No passado, ela chegou a abandonar Pedro Azulão para fugir com um fazendeiro que passava pela cidade, mas se arrependeu e voltou. No início, seu interesse por Diogo reside essencialmente na perspectiva de deixar Divineia para viver na cidade grande, mas depois ela se apaixona pelo engenheiro.

Acompanhando Diogo, também chega à Divineia a jovem Bárbara (Regina Duarte). Ela é a filha que Heitor Gonzaga teve com Nara, quando esta tinha 16 anos. Foi levada ainda criança para a cidade grande e criada pelo pai, que nunca lhe contou a verdade a respeito da identidade da mãe. Seu maior drama são as frequentes crises nervosas que lhe provocam cegueira psicológica, uma consequência do trauma de ter sido afastada da mãe. Em Divineia, ela se aproxima de Pedro e de Nara e, a partir do relacionamento com os dois, consegue superar seu problema. Nara vai gradualmente ocupando o seu lugar no coração da filha, até que lhe revela a verdade. E Pedro se apaixona pela moça, que termina sendo a razão pela qual ele abandona o conflito com o irmão.

No decorrer da trama, enquanto os engenheiros dão início aos preparativos para a demolição da cidade, Pedro Azulão tenta tudo o que pode para impedir que o irmão leve a cabo seu empenho. Por conta disso, acaba temporariamente preso. Quando é libertado, ele se convence de que é inútil resistir e decide se trancar em casa e se deixar levar pelas águas, como forma de protesto. Mas Bárbara revela que está esperando um filho dele e lhe pede para pensar na felicidade da criança. Emocionado, Pedro abandona a cidade.

No capítulo final, o progresso triunfa, e Divineia é submersa pelas águas do Rio Jurapori. Nara, que insiste em permanecer na cidade, morre durante a inundação.

Elenco

Curiosidades

  • Janete queria levar ao ar a história de Fogo Sobre Terra no ano anterior, com outro título e os astros Francisco Cuoco e Tarcísio Meira como Diogo e Pedro. Impedida pela censura, a autora criou às pressas o enredo de O Semideus, e, quando a outra história foi liberada, já não podia contar com Cuoco e Tarcísio, que foram deslocados para atuar juntos em O Semideus. Os personagens então ficaram para Jardel Filho e Juca de Oliveira.
  • Grávida de Clara, sua terceira filha, Dina Sfat interpretou Chica Martins, e, a certa altura da história, a produção teve de se preocupar com as cenas e os figurinos de Dina, já que a personagem não estava grávida.
  • A trama chegou a ser chamada de Cidade Vazia e Muralhas de Jericó, antes de terem batido o martelo sobre o título.
  • Em 2005, o autor Ricardo Linhares apresentou à Rede Globo uma sinopse de um remake de Fogo sobre Terra para 2006, às 18h, mas o projeto não foi aceito.
  • A música "Uma rosa em minha mão" cantada por Marília Barbosa e que fazia parte da trilha sonora da novela é de autoria de Toquinho e tem letra do Vinícius de Moraes, até aí tudo bem, se não fosse a seguinte curiosidade que acho que ninguém sabe: como a música aparentemente não decolou, o Toquinho mudou a letra da música para uma campanha da Faber-Castell e se tornou conhecida como "Aquarela"... A letra original era assim:

"Procurei um lugar, com meu céu e meu mar, não achei Procurei o meu par, só desgosto e pesar encontrei Onde anda meu rei, que me deixa tão só por aí A quem tanto busquei e de tanto que andei me perdi. Quem me dera encontrar, ter meu céu, ter meu mar, ter meu chão Ver meu campo florir e uma rosa se abrir na minha mão."

... e ficou assim: "Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo. Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva..." . E por aí vai, pois esta todo mundo conhece!